Colunista

Peregrinos porque chamados!

Estamos vivendo uma graça toda especial em 2025. O Ano Jubilar, o Ano Santo da Encarnação do Verbo de Deus, Jesus Cristo, no seio da Virgem Maria. Todos os eventos da Igreja Católica ao redor do mundo são pautados pelo tempo jubilar. A Igreja vive um Ano Santo, onde cada um é convidado a fazer um caminho de oração, penitência e de realização autêntica da vocação. O tema proposto pelo Papa Francisco é a esperança, virtude pela qual se fundamenta toda a vocação e consequentemente toda a missão, por isso o convite para que todos sejam no mundo sinais de esperança como escreveu o Apóstolo Paulo: “A esperança não decepciona porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5).

No ano de 2025, a Igreja no Brasil celebra a 44ª edição do mês vocacional, fazendo desta iniciativa um grande mutirão de animação vocacional nas comunidades espalhadas por todas as regiões do país. Peregrinos porque chamados é o tema e o lema deste mês vocacional, interpelam a descobrir o amor de Deus e a ser homens e mulheres de esperança. A mensagem do saudoso Papa, para o 61º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, é a fonte inspiradora para a temática proposta.

Mas o que significa ser peregrinos?

O Papa Bergoglio, em sua mensagem pelo Dia Mundial de Oração pelas Vocações, disse “Quem empreende uma peregrinação procura, antes de mais nada, ter clara a meta e conserva-a sempre no coração e na mente. Mas, para atingir esse destino, é preciso ao mesmo tempo concentrar-se no passo presente: para o realizar, é necessário estar leve, despojar-se dos pesos inúteis, levar consigo apenas o essencial e esforçar-se cada dia porque o cansaço, o medo, a incerteza e a escuridão não bloqueiem o caminho iniciado. Por isso, ser peregrino significa partir todos os dias, recomeçar sempre, reencontrar o entusiasmo e a força de percorrer as várias etapas do percurso que, apesar das fadigas e dificuldades, sempre abrem diante de nós novos horizontes e panoramas desconhecidos. Levantemo-nos, pois, e ponhamo-nos a caminho como peregrinos de esperança, para que também nós, como fez Maria com Santa Isabel, possamos comunicar boas-novas de alegria, gerar vida nova e ser artesãos de fraternidade e de paz”.

Agosto, mês vocacional: pessoas e fatos celebrados

Uma referência vocacional foi a vida de Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Família Redentorista, e no primeiro domingo do mês, oração pela vocação para o ministério ordenado – diáconos, padres e bispos. São João Maria Vianney, padroeiro dos padres e grande intercessor e modelo sacerdotal. No Tabor, o Senhor Jesus, “padroeiro diocesano”, que se transfigura entre discípulos convidados, antecipação a sua glorificação, deixando o Apóstolo Pedro em êxtase. Invocar São Domingo, significa recordar a devoção da recitação do Santo Rosário. No segundo domingo, início da Semana Nacional da Família e dia dos pais – nossa “Igreja Doméstica”. Santa Clara de Assis, os estudantes e advogados, sob a intercessão desta santa italiana e amiga de S. Francisco de Assis. Os Diáconos Permanentes invocam o seu padroeiro São Lourenço. A Concatedral Diocesana festeja a Padroeira Nossa Senhora da Glória. No terceiro domingo, a oração e preces pela vida religiosa/consagrada: homens e mulheres que vivem radicalmente os conselhos evangélicos da obediência, pobreza e castidade. No quarto domingo, oração pela vocação para os ministérios e serviços na comunidade. E no último domingo de agosto, Dia Mundial do Catequista. Celebrar Santa Mônica, mãe de Agostinho, é rezar muito pela conversão dos filhos e o dia do/a psicólogo/a. O mês de agosto contempla e recorda o martírio de São João Batista, a vida da santa brasileira Santa Dulce dos Pobres – “o anjo bom da Bahia”. E a América Latina, Santa Rosa de Lima. São Maximiliano Kolbe e São Bernardo, entre outros, são celebrados.

Dom Edgar Xavier Ertl – Diocese de Palmas-Francisco Beltrão

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